sexta-feira, 13 de abril de 2012

Semana Santástica- O Centanário: Brasileiro de 2002 & O Primeiro titulo de Neymar no Santos

SANTOS CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2002

Como não lembrar de um título tão marcante? Para continuar nossa semana santástica, um dia antes do nosso centenário, precisamos relembrar este tão marcante título.

No dia 15 de dezembro de 2002, 18 anos de espera e angústia acabariam em lágrimas de alegria. Não foi fácil.
Poucas coisas na vida – só mesmo um grande amor, eu que o diga – nos fazem esperar por tanto tempo e ainda assim continuar tão apaixonados, como na primeira vez. Melhor ainda: desde aquele 15 de dezembro, o Santos voltou a ser vencedor. Nestes oito anos conquistamos três títulos nacionais, chegamos a quatro decisões do estadual nos últimos cinco anos, vencendo três. Além de um vice de Libertadores e dois vices do Brasileirão.
Em 2010, fomos protagonistas do futebol brasileiro, justamente no ano que foi “preparado” para que um dos nossos rivais comemorasse o seu centenário. Demos aos olhos de quem aprecia futebol a dupla Neymar e Ganso – não mais como promessas. Duas joias pelas quais o povo clamou pela presença na Copa, exceto àqueles que foram cegados pela inveja cega. Não bastasse isso, tivemos peito para dizer “não” aos gringos, que pensam estar no quintal da casa deles.
Mas voltemos àquele 15 de dezembro… Como não se arrepiar ao relembrar as pedaladas do Robinho, os milagres de Fábio Costa e todo o encanto de um time onde até Paulo Almeida acertava passes longos?
Depois da brilhante vitória por 2 a 0 na partida anterior (com gols de Alberto e Renato), o Santos já parecia um time calejado e acostumado a decisões. Nossa torcida estava certa da conquista do campeonato. E, cá entre nós, nem seria justo a taça não descer a serra depois dos atropelos no São Paulo e no Grêmio, não é?
Até a imprensa estava do nosso lado. Exceto, claro, aqueles torcedores com um microfone, uma página no jornal ou na internet, ou coisa que o valha.
A partida manteve-se truncada até os 35 minutos, quando um lance genial marcaria para sempre a história do futebol brasileiro. Robert tocou pra Robinho na ponta esquerda. Ele dominou e partiu para o meio, livre. Então, quando o lateral Rogério tentou marca-lo, o moleque abusado adiantou a bola com um toque e começou a pedalar.
Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete… Oito pedaladas depois, ele já estava dentro da área e ali foi derrubado por seu atônito marcador. Uma jogada inesquecível.
Cheio de atitude com apenas 18 anos, o próprio Robinho pediu a bola e se encarregou da cobrança. Bola num canto, goleiro no outro. Santos 1 a 0 – e uma mão na taça.
Fabio Costa ainda nos salvaria duas vezes no primeiro tempo. Na primeira, uma saída arrojada evitou o gol de Kléber. Na segunda, outro milagre em lance de Guilherme, que estava impedido. Para a “Muralha”, pouco importava. Ele estava disposto a impedir qualquer tentativa contra a meta santista.
Faltavam pouco mais de 45 minutos para tirarmos um peso de nossas costas. E o segundo tempo começou com o Santos no ataque. Willian e Robinho desperdiçaram chances de selar o destino do jogo logo no início da etapa complementar.
Aos 12, outro lance que poderia ter mudado a história. O volante Fabinho agrediu Robert, mas árbitro e bandeira fizeram vistas grossas. Leão reclamou demais e acabou expulso, deixando a jovem equipe sem sua referência no banco para a parte final da partida.
Tenso, o time recuou e viu Fábio Costa operar mais três milagres: evitou um gol contra de Paulo Almeida, buscou uma bola incrível desviada pelo zagueiro Anderson – em lance que quase fez com que André Luís e Paulo Almeida discutissem e quase chegassem as vias de fato – e, por fim, foi espetacular ao espalmar uma bomba de cabeça, desferida por Fábio Luciano.
O Corinthians precisava vencer por dois gols de diferença e o 1 a 0 mantido pelo Santos até os 30 do segundo tempo parecia não dar margens a qualquer reação. Parecia. Naquele mesmo minuto, Gil desceu pela esquerda e cruzou. Deivid foi mais rápido que os zagueiros e colocou a bola na rede, empatando a partida.
A torcida santista sentiu o baque, mas em segundos começou a gritar o nome do time nas arquibancadas, disposta a “jogar” junto nos instantes finais. Mas quando, aos 39, Anderson cabeceou para virar o jogo, em jogada de Vampeta, o silêncio durou um pouco mais. Um filme com 18 anos de duração passou pela mente de todo santista que estava naquele fim de tarde do Morumbi.
Eram 42 minutos quando o goleiro corintiano Doni deu o chamado chutão para colocar a bola no ataque. O santista André Luis ganhou pelo alto, a bola sobrou para Paulo Almeida, que desviou para Renato. O meia tocou para Robinho. Num giro, o camisa 7 lançou para Elano e se projetou para receber o passe de volta.
O zagueiro corintiano Anderson previu a jogada e tentou se antecipar, mas o lépido moleque de São Vicente foi mais rápido. Deixou seu marcador deitado e invadiu a área, com a bola dominada.
Alguns poderiam não acreditar no que viam, mas não foi o caso de Elano. O meia acompanhou toda a jogada e, quando Robinho ergueu a cabeça diante de Fábio Luciano, estava pronto para receber a bola e fazer o gol.
Elano estufou as redes, o santista estufou o peito e o Santos assegurava assim seu sétimo título nacional.
Mas, valente como sempre foi, o Santos não se contentaria só com o empate.
Aos 47, muitos já pediam o apito final, mas o Corinthians ainda tinha um escanteio a seu favor. Alex cortou e a bola foi parar nos pés de Léo. O lateral lançou Robinho – sempre ele –, que foi pra cima de Kléber e Vampeta. Numa ginga de corpo desmoralizante, Robinho fintou a ambos.
A bola sobrou pra Léo na entrada da área. Ele dominou, driblou Fabrício e bateu de pé direito para marcar um lindo gol e, finalmente, fechar o placar: Santos 3 a 2. E, num desfecho cinematográfico, o jogo acabou ali, com a bola no fundo do gol corintiano.
O título consagrou uma nova geração de ouro do Santos. Eram os novos Meninos da Vila, liderados por Diego e Robinho, mas cercados de gigantes: o guerreiro Léo, o polivalente Elano, o disciplinar Renato, as “torres gêmeas” André Luis e Alex, a “muralha” Fábio Costa, o goleador Alberto, o capitão Paulo Almeida, o eficiente Maurinho, o reserva de luxo Robert, além do comandante Emerson Leão. FONTE: SEMPRE PEIXE.

PRIMEIRO TÍTULO DE NEYMAR JR NO SANTOS.

Outra coisa importante, ainda mais pra nós fãs, foi o primeiro título do Neymar no Santos. Vamos relembrar?

O Santo André bem que tentou acabar com a festa, venceu o Santos por 3 a 2, no Pacaembu, mas não levou o título, que ficou com o Peixe, seu 18º na História.

Foram 18 vitórias, dois empates e apenas três derrotas no Estadual de 2010. Campanha digna de um campeão. E o ataque foi o grande pilar desta conquista: foram incíveis 72 gols marcados. Neymar com 14, André com 13 e Paulo Henrique Ganso com 11, foram os principais goleadores do Peixe.
Mas o santista sofreu no fim. Logo aos 55 segundo se jogo, o atacante Nunes abriu o placar para o Santo André, que precisava vencer por dois gols de diferença para ser o campeão.
Foi aí que Neymar, melhor jogador do Peixe no campeonato, chamou o jogo. Sem o óculos de proteção para o olho direito, lesionado na semana passada, o atacante fez grande jogada, driblou o goleiro e empatou para o Peixe aos 8 minutos.
E o Santo André foi para cima. Aos 16, Rodriguinho marcou de cabeça, mas o gol foi erradamente anulado graças a impedimento mal marcado pela assistente Maria Elisa Correia Barbosa. Na sequência, o Ramalhão acertou a trave de Felipe em chute de Branquinho. Mas ao 20, o time conseguiu o seu segundo gol com Alê, que aproveitou mais uma falha da zaga santista pelo alto.
Logo depois do tento do Santo André, a grande confusão da partida. Após empurra empurrra, que começou após Neymar ter se jogado na entrada da área, Nunes e Léo acabaram expulsos após discussão. O Peixe ainda perderia Marquinhos aos 37 minutos após falta violenta.
Mas o Santos resolveu voltar a jogar futebol. E tem Neymar! Depois de Robinho ganhar a dividida na intermediária, Paulo Henrique deu passe espetacular, de letra, para a Joia santista, que só teve o trabalho de tirar do goleiro Júlio César – o centésimo tento do Peixe neste ano. Pouco antes do intervalo, Branquinho fez o terceiro do Ramalhão após outra bela jogada.
Precisando de mais um gol para ser campeão e com um jogador a mais, o Ramalhão começou o segundo tempo no ataque. Aos 5 minutos, Branquinho recebeu a bola na área, driblou Felipe, mas Arouca tirou a bola em cima da linha.
E os jovens santistas tiveram que aprender a se defender. Com a desvantagem no placar e no número de homens em campo, o time passou a segurar o jogo e esperar o tempo passar. Como um grupo campeão!
Aos 37 minutos do segundo tempo, mais um susto para os santistas: Roberto Brum, que entrara aos 32, acabou expulso. Mais pressão contra os “Meninos da Vila”. A torcida prendeu a respiração!
Mas aos 43 minutos, depois de muito sofrimento e alguma pressão sofrida, o Pacaembu voltou a pulsar com o som da festa dos santistas. O Ramalhão foi valente, tentou criar o gol e chegou muito perto do título quando Rodriguinho carimbou, mais uma vez, a trave de Felipe.

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